Capítulo I - Preparação.
Desta vez foi diferente: não
havia tempo para planificar uma viagem como o habitual, em voos lowcost e com
um percurso longo, no tempo e no espaço. Também não era o habitual mês de
férias e, para ser mesmo diferente, o objetivo era descansar, relaxar e não
fazer nada! Assim, e dadas as contingências, o continente alvo não podia ser a Ásia.
Pesquisámos, pensámos, discutimos
e decidimos. Até porque o momento é de mudança e ficámos com aquela sensação de
“agora ou nunca”. Cuba. Foi sobre a ilha caribenha que recaiu a decisão.
Após pesquisa na net, nos nossos
já habituais “Momondo” e “Booking”, percebemos que, para este destino, a agência
de viagens ainda é a melhor opção. Muitas das opções hoteleiras estão
confinadas a grandes grupos de viagens e o acesso é restrito. O mesmo se passa
com os voos uma vez que as companhias que operam o destino acabam por fazer
melhores negócios com os operadores turísticos do que com o consumidor
individual. Como temos uma agência de viagens de confiança e que nos percebe
bem (Trajetos) e a Air Europa voar diariamente
para Havana, a partir de Madrid, foi fácil obter o que queríamos: dez dias de
deleite – sete na praia e, como não podia deixar de ser, os restantes por
Havana, para “cheirar” o país.
No que respeita ao alojamento,
não é fácil neste momento conseguir um quartinho em Havana. Apesar dos meses de
Abril e Maio serem época baixa para o turismo por estas bandas, já que coincide
com o início da época das chuvas, o fim do embargo, a visita de Barack Obama,
os Rolling Stones, o Karl Lagerfeld, o mediatismo em revistas e na televisão e
afins, colocaram, definitivamente, a ilha no trilho da moda e, de repente, há
todo um conjunto de empresários e turistas a chegar a Cuba.
Há novos hotéis a ser
construídos na cidade e outros finalizados há pouco mas, no geral, a oferta hoteleira
é velha e escassa. O padrão das estrelinhas é aqui muito diferente. Um bom
hotel em Cuba, com quatro ou cinco estrelinhas, na Europa, poderia nem ser de três.
Assim, há que ter cuidado com as expectativas se estas forem apenas e só em
função das estrelas apregoadas.
Nós tentámos privilegiar a localização.
Queríamos um lugar que fosse a uma distância “caminhável” para Habana Vieja,
simpático e em conta. Não foi inteiramente possível. E ficámos no Trip
Habana Libre. Catalogado como um 4 estrelas (mas só para o padrão cubano) é
enorme, repleto de gente, muito movimentado e a uns 6 km do centro histórico.
Contudo, está bem localizado, tem uma vista espetacular sobre a cidade, fica
pertíssimo do “malecón”, tem um espetáculo diário de música e dança no rooftop
e um pequeno almoço muito bom. Nota para saudosistas e gente com veia histórica: este hotel foi confiscado aos americanos após a revolução para servir de quartel general a Fidel Castro. Para além disso, tem um painel de azulejos da artista cubana Pelaéz.
Na praia, optamos pela turística
Varadero. Nesta época do ano, os Cayos não nos pareceram uma boa opção. Aqui
não houve qualquer problema em encontrar alojamento. Afinal era época baixa.
Mas há que ter cuidado com o que se escolhe. Mais uma vez, a maioria dos hotéis
são antigos e algo diferentes dos resorts mexicanos ou dominicanos. Os mais
recentes estão no final da península de Varadero, junto à nova marina. Ficamos
no Paradisus
Princesa del Mar (grupo Meliá)e gostámos. Muito.
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