Capítulo I – (continuação)
Terceira jogada: A consulta do viajante
Na sequência da preparação da viagem, cabe
abordar um tema que muitas vezes é esquecido: a saúde! Claro que quando
preparamos uma incursão ao paraíso, seja ele de que natureza for, uma das
nossas últimas preocupações prende-se com vacinas, medicamentos ou doenças.
Contudo, um pequeno gesto pode prevenir preocupações em tempos de lazer.
Claro que se o destino for um país
desenvolvido, não há grandes cuidados ou inquietações. Mas ter uma “farmácia do
viajante” não é nada de descabido.
Para além dos medicamentos habituais (se
for caso disso), convém não esquecer alguns que deverão integrar a dita para
eventualidades. Nós, para onde quer que vamos, levamos sempre paracetamol, antiácido,
antidiarreico, ibuprofeno, um antibiótico e um anti-histamínico de aplicação
tópica. Foram úteis? Não… Mas mais vale prevenir.
Já em viagens a países menos desenvolvidos,
a conversa é outra…
A doença que mais afeta os viajantes a
estes locais, sobretudo no continente africano, é a gastroenterite. Ter em
atenção a água (sólida, como o gelo nas bebidas, ou líquida) é importante, e os
alimentos crus também há que cuidar que estejam bem lavados.
Contudo, se falarmos em alguns pontos do
planeta, não podemos esquecer as doenças tropicais como a dengue, o tifo ou a malária.
E estas são graves!
Para saberem ao que vão, visitem o site “Fit
for Travel”:
Aqui, conseguem saber o risco de várias
doenças tropicais para todos os pontos do planeta e ter acessos a conselhos
úteis. Contudo, está em inglês.
Assim, o que fazer? Quase todos os pontos
do país têm acesso aos centros de vacinação internacional onde acedemos à
consulta do viajante. Estão integrados na rede de saúde pública e o custo da
consulta é o da taxa moderadora (5 euros).
Ver rede de centros aqui:
No ano passado, quando nos lembrámos deste
importante passo na preparação da viagem, a cerca de um mês, não conseguimos
arranjar vaga. Nos hospitais privados, a consulta ronda os 90 euros e, depois
cobram todas as vacinas (mesmo as gratuitas e obrigatórias no plano nacional de
vacinação como o tétano) a preços exorbitantes!
Dica: Passem, pessoalmente, no centro da
vossa área e exponham o problema. Certamente arranjam-vos uma marcação de
última hora.
Este ano, fomos precavidos. A três meses
da partida, marcámos a consulta. Até porque, em Lombok (Indonésia), há risco de
malária.
No centro da nossa área de residência, (Centro
de Vacinação Internacional do Porto) o atendimento foi
espetacular, desde a rececionista à enfermagem.
A equipa médica, traçou-nos “o pior caso possível”
e deu-nos conselhos muito úteis. Claro que, há que não ficar assustado nem desistir
da viagem, pois o papel destes profissionais de saúde é esse mesmo: alertar!
Em última instância, a decisão pela toma
de uma vacina ou pela profilaxia preventiva, será sempre do próprio, tendo em
conta a sua condição física, os riscos que vai correr ou a época em que vai
visitar o país. Mas, após esta consulta, será uma decisão ponderada e consciente.
Qual foi a nossa decisão? Ah… Isso agora…
Bem, hepatites (A e B) alguns já estavam
vacinados e quem não estava, optou por o fazer. Febre tifóide, todos levámos a “picadela”.
Profilaxia da malária, optámos por não a fazer. As contra-indicações são assustadoras, impede o consumo de álcool durante vários dias :) e, uma vez que o risco não é elevado em Agosto,
decidimos recorrer ao repelente de insectos com fartura.
Logo veremos se decidimos bem.