quarta-feira, 27 de maio de 2015

25 Dias de Paraíso: Notas de Viagem à Malásia, Cambodja e Indonésia

Capítulo I – (continuação)

Terceira jogada: A consulta do viajante

Na sequência da preparação da viagem, cabe abordar um tema que muitas vezes é esquecido: a saúde! Claro que quando preparamos uma incursão ao paraíso, seja ele de que natureza for, uma das nossas últimas preocupações prende-se com vacinas, medicamentos ou doenças. Contudo, um pequeno gesto pode prevenir preocupações em tempos de lazer.

Claro que se o destino for um país desenvolvido, não há grandes cuidados ou inquietações. Mas ter uma “farmácia do viajante” não é nada de descabido.
Para além dos medicamentos habituais (se for caso disso), convém não esquecer alguns que deverão integrar a dita para eventualidades. Nós, para onde quer que vamos, levamos sempre paracetamol, antiácido, antidiarreico, ibuprofeno, um antibiótico e um anti-histamínico de aplicação tópica. Foram úteis? Não… Mas mais vale prevenir.

Já em viagens a países menos desenvolvidos, a conversa é outra…
A doença que mais afeta os viajantes a estes locais, sobretudo no continente africano, é a gastroenterite. Ter em atenção a água (sólida, como o gelo nas bebidas, ou líquida) é importante, e os alimentos crus também há que cuidar que estejam bem lavados.
Contudo, se falarmos em alguns pontos do planeta, não podemos esquecer as doenças tropicais como a dengue, o tifo ou a malária. E estas são graves!

Para saberem ao que vão, visitem o site “Fit for Travel”:

Aqui, conseguem saber o risco de várias doenças tropicais para todos os pontos do planeta e ter acessos a conselhos úteis. Contudo, está em inglês.

Assim, o que fazer? Quase todos os pontos do país têm acesso aos centros de vacinação internacional onde acedemos à consulta do viajante. Estão integrados na rede de saúde pública e o custo da consulta é o da taxa moderadora (5 euros).

Ver rede de centros aqui:

No ano passado, quando nos lembrámos deste importante passo na preparação da viagem, a cerca de um mês, não conseguimos arranjar vaga. Nos hospitais privados, a consulta ronda os 90 euros e, depois cobram todas as vacinas (mesmo as gratuitas e obrigatórias no plano nacional de vacinação como o tétano) a preços exorbitantes!
Dica: Passem, pessoalmente, no centro da vossa área e exponham o problema. Certamente arranjam-vos uma marcação de última hora.

Este ano, fomos precavidos. A três meses da partida, marcámos a consulta. Até porque, em Lombok (Indonésia), há risco de malária.
No centro da nossa área de residência, (Centro de Vacinação Internacional do Porto) o atendimento foi espetacular, desde a rececionista à enfermagem.

A equipa médica, traçou-nos “o pior caso possível” e deu-nos conselhos muito úteis. Claro que, há que não ficar assustado nem desistir da viagem, pois o papel destes profissionais de saúde é esse mesmo: alertar!
Em última instância, a decisão pela toma de uma vacina ou pela profilaxia preventiva, será sempre do próprio, tendo em conta a sua condição física, os riscos que vai correr ou a época em que vai visitar o país. Mas, após esta consulta, será uma decisão ponderada e consciente.

Qual foi a nossa decisão? Ah… Isso agora…
Bem, hepatites (A e B) alguns já estavam vacinados e quem não estava, optou por o fazer. Febre tifóide, todos levámos a “picadela”. Profilaxia da malária, optámos por não a fazer. As contra-indicações são assustadoras, impede o consumo de álcool durante vários dias :) e, uma vez que o risco não é elevado em Agosto, decidimos recorrer ao repelente de insectos com fartura.
Logo veremos se decidimos bem.


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